3.5.07

Finalização da Prátrica Escolar



Esta foi à tarefa mais desafiadora até o momento para mim neste curso, não pelo PA em si, mas trabalhar PA em uma classe especial em alfabetização com alunos múltiplos. No inicio fiquei com medo, mas aceitei o desafio, de qualquer forma eu meu PA seria realizado com classe de educação especial, com deficientes auditivos. Mas esta turma não possuía 10 alunos, e então o Roig me convidou para trabalharmos com a mesma turma, concordei, pois seria mais fácil trabalhar em conjunto. Realmente trabalhar em dupla ajudou muito. Várias vezes foi preciso buscar novas formas de trabalhar com as crianças, para que o PA fosse em frente. Nem sempre o que já conhecíamos funcionava com a “nossa” turma, devido as suas espeficidades, principalmente no que diz respeito à alfabetização, alguns alunos tinham dificuldades com leitura e escrita.
Mas percebi que estas crianças mostraram grande potencial quando estimuladas adequadamente. O ambiente de informática, também foi de grande estimulo a eles, pois muitos não possuem este tipo de material em casa, a novidade agradou a todos, e fez com que eles se dedicassem ainda mais ao trabalho realizado conosco. Alguns mais tímidos aos poucos se mostraram mais receptivos, notamos que alguns alunos mesmo imersos em sua timidez se mostram muito criativos em outras atividades como desenhar no PAINT. E alguns mais falantes mostraram grande habilidade para pesquisa na Internet, analisando e criticando o que viam, estimulavam os colegas a falar e expor suas idéias, e percebi este fato com a aluna Rita, ela muitas vezes não queria se manifestar, mas os colegas sempre a encorajavam. Mas principalmente todos interagiram, trocaram idéias, auxiliavam-se no uso do computador, e até mesmo auxiliando os colegas na leitura de artigos na Internet.
Foi uma experiência incrível, que nos faz repensar sobre inclusão, sobre PNEEs, sobre educação especial. O que realmente existe é um “pré – conceito”, por aquilo que não conhecemos, definindo algo sem antes conhecer a fundo o que nos é mostrado. Talvez medo do novo, ou quem sabe apenas absorvemos aquilo que a sociedade nos fornece sem questionar se é bom ou ruim, se é certo ou errado. Não nos damos o trabalho de analisar e tirarmos nossas próprias conclusões, e chegamos ao cúmulo de repudiar algo que não esteja nos padrões que a sociedade diz ser “normal”. Este trabalho é uma pequena mostra que somos todos iguais, que todos temos capacidade de criar, modificar, pesquisar... Somo diferentes sim, mas basta somente ser dada uma oportunidade para então mostrarmos, o que realmente somos, e do que somos capazes.

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